Bem-vindo ao Blog
Arquitetura e desconstrutivismo
A arquitetura desconstrutivista é um paralelo ao movimento pós-moderno, e surgiu em meados da década de 1970 como um sopro de liberdade à arquitetura conservadora carregada de traços lineares. Ela faz oposição à regras como pureza geométrica, forma em relação à função, ornamento como elemento de decoração, fidelidade de materiais, entre outros.
O que é o desconstrutivismo?
Seu design é basicamente não-linear, o que nos dá o resultado final de edifícios e estruturas com aparência um pouco caótica. Essa corrente tem sua base teórica no chamado “construtivismo russo”, que teve seu auge no início do século passado.
Há muitos críticos desta corrente que afirmam que o desconstrutivismo deve ser apenas um movimento teórico. Uma vez que, na prática, consideram que estes edifícios não contribuem e que, em casos raros, estes edifícios podem adaptar-se completamente ao meio envolvente.
Sabendo-se que a arquitetura tradicional “nasceu” dentro de padrões lógicos, racionais e geométricos, o desconstrutivismo chega se opondo a isso. Ele tem como principais características desmontar formas geométricas planas, transformar o uso de planos tradicionais em mais elaborados, superimposição poética em diagonal de formas retangulares e trapezoidais, e, principalmente, a natureza do objeto arquitetônico. Em suma, seu objetivo é lidar com o emocional humano e causando a inquietação necessária para o questionamento e a compreensão da obra apresentada, ainda que de maneira paradoxal.
Esse estilo rompe com os cânones do design e do espaço que todos conhecemos, muitos consideram que é a antítese do movimento modernista. No desconstrutivismo, o racionalismo é rejeitado no design, mas as premissas funcionalistas dos espaços são respeitadas, o que torna esse estilo algo complexo.
Figuras importantes do desconstrutivismo
Dizem que o pai teórico do desconstrutivismo é o filósofo Jacques Derrida. Mas o arquiteto que se encarregou de colocar essa teoria em prática é Frank Gehry. A arquitetura que ele desenvolve é visualmente impressionante, pois no mesmo prédio ele agrupa diferentes formas que criam uma corrente visual entre si.
A qualidade do design baseia-se sobretudo nos volumes e na qualidade dos materiais utilizados no projeto. Outra crítica histórica ao estilo são os custos muito altos gerados na construção dos trabalhos, uma vez que esse tipo de projeto envolve um alto investimento, especialmente em termos estruturais.
Um importante ponto de ruptura para o desconstrutivismo ocorreu em 1988, quando o arquiteto Philip Johnson organizou uma exposição intitulada “Arquitetura desconstrutivista”. Esta exposição incluiu planos, desenhos e modelos de arquitetos como Frank Gehry, Zaha Hadid, Rem Koolhaas e Daniel Libeskind.
A exposição gerou uma agitação no mundo da arquitetura. Pois, pela primeira vez, o desconstrutivismo foi levado em conta como um estilo próprio.